Monday, November 23, 2009

Amor Reencontrado

Quando o sonho adormece nas mãos
Cansadas de tanta distancia e frio
Cansadas de desejos serenos mas vãos
O amor erra p'lo becos como vadio.

Já nada espera no dia seguinte
Trajado a rigor com roupa puída
Anda pelas ruas como um pedinte
Desfazendo-se do que resta da vida.

Na vadiagem do sonho restam migalhas
Calejadas ambições, sofridos confins
Mendigando insistência e seus afins.

É já nas cinzas anuladas que cantas,
Acordas do precipício escolhido
O amor próprio nunca foi traído.


Soneto by António Casado &
Cina De Moura

2 comments:

António Manuel Fontes Cambeta said...

Estimada Amiga e Ilustre Poetisa Alcina,
Amor Reencontrado, magestosos poema que me levou, em suas letras, para o mundo de sonhos que vive em tempos, mas que nunca mais reencontrei esse amor.
Adorei.
Um abra;o amigo

Cina De Moura - Autora deste blog/ Seu conteúdo said...

Obrigado pelo comentário Kam!!!

Saudades de falar consigo!

Um beijo.