Monday, August 24, 2009

TEU AMOR E PAIXÃO...


Teu amor e paixão
Está no meu coração
Numa somente afloração.

Num desejo em sonho
Num sentimento explosivo
Numa carência de carinho
Num sentir adorativo.

Um amor, uma flor
Uma paixão, uma explosão
Um caminho aberto mas em vão.

Um amor perdido, uma desilusão
Eu esperei pelo incógnito
Por aquela paixão...

Sedante de amor,
Encurralada semente
Aqui dentro.
Obstruída obsessão de amar
Neste mundo livremente.

Asas quebradas em terreno sombrio
Onde já não se escuta o assobio.
Folhas perdidas voando soltas
Levando consigo uma historia de amor das mais belas.

Sobrevivem lágrimas lapidadas de dor
Saudade transida de transe incolor.
Eloquente ocorrido num simples sopro
Da partida ao encontro.

Monday, August 3, 2009

DOCE UTOPIA DO VERSEJAR ( Dueto) Alcina/Ibernise

Escuta, observa, sente, na distância, que lindo está o horizonte!
Ouves o chilrear dos pássaros?
Eu penso que serão...
Poetas a cantarolar, mística poesia, para animar nosso lugar.

Vês aquelas borboletas livres a esvoaçar?
Eu julgo que são...
Disfarçados anjos em diversos mantos,
Diversificando suas vestimentas, mas que tudo é um só.

Sentes o perfume do vale vermelho?
Eu sinto...
Papoilas a dançar misticamente,
Largando sem pudor sua modesta fragrância.

Observa agora o azul do céu e do mar,
Distingues o princípio e o fim de um e de outro?
Eu vejo...
Um só, unificado significando ribalta de paz.

Sabes que mais vejo neste remoto horizonte?
Sinto algo...
Um existente, sexto sentido, ouço e vejo as mil cores do teu sorriso, cascalhar...
Será tudo minha visão, uma utopia, o meu sonhar?

Utopia? O sentir do poeta com seu verbo pintar
Uma tela na composição do que pensa ser...
Do que julga que é...
Do que sente e ver...

No todo do mundo a realçar, o belo da rotina
O extraordinário que salta a sua retina
Que se coloca a mapear o seu mundo e o do outro
Num resultado que só na arte salta ao olhar...

E se sonha alto e faz a alma brilhar
Põe maior realidade nos seus versos
Onde viu e sentiu a natureza, de si, se aproximar
E viveu aquele encontro indefinido entre o céu e o mar...

Símile do conflito da alma no dualismo a pairar
Entre tantos entes habitantes de terra, céu e mar
Anjos a cuidar de aves, flores, terra... Natureza e lugar.
Tudo num sorriso... Seria isto a utopia de cada versejar.


Alcina
USA (29.07.2009
Ibernise
Indiara (Goiás/Brasil) 31.07.2009

PECADOS

Inocência perdida,
Pecado mortal
Virgindade corrompida num estado comercial

Gula cometida
Pelos encantos d’ árvore do prazer,
Fruto proibido, comido com lazer.

Vaidade entranhada no ser
Cintilando os relâmpagos em todos os cantos
O alheio, são simplesmente vultos sem focos.

Ira violenta
Não pões traves à fúria existente,
Ferve em ti o desejo mesquinho de estar sempre na certa.

Avareza egoísta
Escondes a realidade já contada,
Cada grão de milho à muito que foi cifrada.

Luxúria obra material
Estátua carnal, ornamental,
Explorada libido num campo virginal.

Preguiça em corpo pesado
Arranca todo alvorece
Mirando o trabalho inacabado

Inveja tremenda cegueira
Inseguridade penetrada na algibeira
Só vê nos outros o que não tem

To a Special LADY (Ibernise)

Happy Birthday Dear Ibernise


Tua doçura é uma autêntica loucura
Quem dela prova se adicta em tua dita.
Poderosa é a tua palavra
Porque és uma LADY prefeita.

Teu coração faz trasbordar infinitas margens
Com água pura e belas imagens,
Recolhes as tempestades com astúcia
Amenas as tristezas à altura duma LADY, numa eficaz perícia.

Onde quer que passes deixas rasto,
És uma estrela cadente, cintilante
Uma verdadeira LADY eloquente.

Tua essência são pétalas de paz esvoaçando na brisa do vento.
Ter tua amizade é algo como possuir o mais valioso tesouro.
Por isso te digo és uma LADY que vale ouro.

Uns Com Tanto... Outros Nada...

...Um menino, com os seus oito a doze anos de idade, se encontra no solo árido, assentado na sua mais valiosa cadeira, as pedras e sua solidão. Se encontra em êxtase neste momento. Entre sonhos e fantasias tenta acalmar sua barriguinha barulhenta. Ela ruge de tanto ar e dor. Com duas pedrinhas na mão, ele consegue entrar no outro mundo. O mundo onde existe algo para comer...

Ah! Canalhada desfreada!!!
Comes tudo e não dás nada!
Como podes lambuzar-te com mel?
Quando nós nem o miolo do pão temos para o farnel.
Esta noite, que vais presentear á tua gulaima?
-Oh, quadril de vitela assada com cebolinhas, e batatas acompanhar.
Adoçarei a garganta com vinho moscatel.
-Que vais fazer aos restos?
-Oh, se sobrar, irá se juntar aos subejos do alguidar.
-Não tens dó, pá! Eu nem farinha ou água tenho para fazer papas ou bolinhos, só.
-Lá por isso, não chores, passa lá por casa te darei o que o alguidar contém.
-De verdade!? Vais dar-me os restos de comer?
-Se chamas a isso de comer... sim, dou... eram para o cão...
-Obrigado, muito obrigado. Não sabes a alegria que me deste neste momento, simplesmente pelo facto de quereres repartir teus alimentos comigo, já o meu estômago parou de suplicar.
-Esta noite cometerei Gula!

Pecados: Minha Culpa

Esbato meus pecados contra ao peito
Um sufoco
Uma dor
Numa angústia, sem calor.

Confusão
Sentimentos, que não são.

Arrogância vaidosa
Num mundo sem escrúpulos.

Já ninguém sabe o que é, ou quem é, o Amor
Os pecados têm a mania de se antepor.

É fácil apontar o dedo
Mas difícil é decifrar, o que está por detrás do degredo.

Vou caindo numa culpa
Minha, grande culpa.

Já não chegam as lágrimas choradas, aqui e além
É preciso voz altiva, e ser alguém.

O que antes era uma lagoa ardente de amor se transformou numa guerra de desamor.
O amor chora baixinho, mas se enfurece em tempestades altivas de fulgor.

Haverá perdão para tanto pecador?
Saberá o pecador resgatar-se a tempo antes que entre em conflito premanente com o Amor?

Já não sei!

Excluo os demónios que me rodeiam
Numa tentativa de livrar os meus pecados.

Numa angústia, sem calor
Um sufoco
Uma dor...