Thursday, January 1, 2009

Quando os filhos viram arma de vingança

Amor não existe, compreenção não assiste
Frustrações dentro de lamentações.
Vai-se andando num caminho sem rumo
Onde as pedras são pontiagudas
Como agulhas, nos vai picando
Sangrando nosso coração
Um sofrimento
Uma lágrima, lágrimas,
Infelicidade, ontem, hoje e amanhã...
Alimentação do dia a dia,
Noites ausentes de estrelas, duma lua coberta de dor.
Só resta pegar nos trapos e dar á sola.
Entre caixas de papelão se vêem pequeninas mãos
Sentimentos inocentes entre o amor dum pai e duma mãe.
Se voltam as costas, já não importa
A liberdade reina num lago de água turva
Ele puxa para ele, ela puxa para ela.
Os pequeninos olham em desgraça sem decisão.
Seus corações viram elástico, prestes a romper...
Um dia o mundo cai sobre almas doridas...
A vingança desaba sobre eles, os inocentes...
Nas cabeças perversas, não há calor,
Não sentem a dor e muito menos amor.
Se dedicam somente há continuação da tortura
Esquecendo o sangue que corre nas mesmas veias...
Arrancam o amor duma mãe a uma criança...

1 comment:

DaiSantos said...

profundo. vc retratou com expressividade e poesia um tema serio, e tao desvalorizado... Beijos, Dai