Saturday, December 12, 2009

São Saudades dum Amor Prefeito

São dos beijos das noites quentes
Os meus desejos!
São das saudades infinitas do teu toque
As minhas vontades!
São da beleza dos teus olhos, o teu olhar
A minha tristeza!
São dos carinhos trocados
Os meus choros!

Onde me afogo numa saudade de fogo
Que vai mais além dos cosmos em flor.
Num paraíso feito de riso,
Num lago de água doce,
Num dia de eternidade
Que não chega ao início nem acaba no final.
Continuamente a emoção de um amor
Aqui no peito.
Jamais se apagará um amor tão perfeito.

São as saudades de nos amarmos
As minhas paixões!
São dos teus lábios sensuais
As minhas tentações!
São os olores da tua pele
As minhas emoções!
São os teus risos soltos
As minhas recordações!

Numa tarde de verão, em festa,
Numa noite aberta ao luar
Convidativa à nossa emoção
Com um chá de rosas
Enfeitiçamos nosso amor,
Numa loucura desenfreada.
Para que todos os anos que passem
E os que estarão para chegar
Nunca se extingam de nossa memória
Teu amor por mim
Meu amor por ti.
Jamais se apagará um amor tão perfeito.

Restando somente as saudades... Que, são, dum amor-perfeito.

DISTANCIA...

À distancia mergulho no teu suplico
Em nuvem, goteja lágrimas de outrora,
Dores desentendidas a qualquer hora
Banho-me no frio próprio, épico.

Em lembranças comungadas, rasgadas,
Pedacinhos dedilhados um por um
Rasgando os tremores das minhas caminhadas
Não entendem! Não sou comum!

Viro-me de fora para dentro,
Para dentro, carrego o desentendimento,
Julgam-me canteiro, num centro.

Quando sou um bem ou mal
Neste terreiro herdado, no qual todos os dias entro
Seja ele artificial ou mais que real.

Porque, Tu És Amor

Deixa de sonhar, deixa de fantasiar,
Deixa-te levar nas ondas do amor.
Não escondas o que sentes
Deixa-te das correntes.
Vive cada passo lentamente
Mas com muita ganância, vive esse amor.

Transmite o teu amor não o acurrales contra ao peito
Arranca a mascara que te envolve a alma
Vive livremente.

Cada instante é uma rara pérola
Perdida no fundo do mar.
Não percas mais teu tempo em lamentos e dias cinzentos
Abre as asas da liberdade à qual tens direito.
Somente agarrando o momento do presente
Se vive plenamente.

Vai, desata as tuas lágrimas, em flores
Luta contra a maré do vento
Solta esse amor que tens aí dentro
Às mágoas e às feras.
Lá chegará o dia que dirás, que o meu acerto é certo.

Não te deixes levar por sonhos alheados
Converte-os em realidade.
Não esperes por nada nem ninguém
Vive do que sentes aí dentro
O instinto inicial quase sempre é o certo.

Distribui sempre o teu amor
Ele é um mundo no teu interior.
Verás um dia que tudo é tão simples
Porque, tu és amor.

Homenagem ao 2, em Forma de Carta!

Olá 2,

És par! O meu par ideal.
Por certo és aquele número favorito, o meu.
Sabes, hoje quando o sol me tocou o rosto e meus olhos virão outro dia de luz, cheio de vida por aí afora, me perguntei o quanto de especial tinha este dia, nada encontrei. Mas algo me dizia que este dia era diferente dos outros, especial. Então, liguei este aparelho, que tem sido uma constante companhia minha nestes últimos anos, o meu computador.
Aí, não sabes o que encontrei, para minha surpresa, quase esquecida. Encontrei-te a ti, os 2’s anos feitos nesta casa de poesia, onde me encontrei comigo mesma à 2 anos atrás. Talvez não saibas, mas de alguma forma escrever e ler estiveram sempre presentes na minha vida. Aí, nos tempos das cartas, perdia-me nelas, só por vergonha e não querer chatear mais as terminava sem querer terminar nunca. Talvez te perguntes porquê cartas e não outra coisa qualquer, como poesia, contos e diários. Bem, poesia para quê, se ninguém a lia. Não quer dizer que nunca a tivesse escrito, mas conforme a escrevia a deitava fora. Admirada? Sim, é verdade! Sabes, o que escrevia eram como que segredos, minha alma gritava e como remédio para acalmar seu fulgor eu rabiscava em qualquer papel, em qualquer língua, ia pela maré da inspiração do momento. Quando falo em qualquer língua não quer dizer que sou uma linguística, não, nada disso. É que eu como deves já saber sou Portuguesa, mas como tudo nesta vida tem um mas, não vivo, e pouco conheço o meu país, Portugal. Ah, mas minha alma e coração são lá que moram apesar de meu corpo ter navegado por ali e acolá neste mundo afora. Como vês as cartas escritas por mim eram lidas a rigor, que remédio! Agora, troquei as cartas por outros meios de comunicação mais avançados.
Como por magia, sem procurar, nem pensar, encontro-me a escrever a tal poesia guardada no meu coração e alma. Aí 2, mas sabes lá tu, às vezes quero escrever algo e não me saí, depois só saí erros, esta língua portuguesa tem uma gramática complicada. Paciência, é o que não me falta por isso vou aprendendo devagarinho. Não imaginas o que tenho aprendido, ui bué!rsrsrsr...
Já me perdi!... Eu não digo, as cartas levam-me a desencontros, mais parece uma massa fiada de tagarela.
Caramba, isto é uma carta sim, mas para homenagear-te a ti, 2, e já andava extraviada por cantos e montes.
Como disse ao princípio és o meu número de eleição. Como número favorito comecei aqui a remexer no meu cérebro nem imaginas o que eu encontrei. Bem que meu instinto não se enganou, quando me cantou que era dia especial, se encontrava já escrito algures, lá isso estava. Não é que este dia de 2 anos se junta aos meus anos em múltiplos 2’s, 42, 2+2=4 e outro 2 se junta, feitos também no dia 20, lá estás tu, 2. Depois vem aí mais, se encontram comigo 2 lindos tesouros, uma parte de mim sagrada, meus filhotes. Ah, e em 2 meses precisamente em Fevereiro, que também é 2, irá brotar mais 2 por aí afora, não é que faço 20 anos de viver fora do meu país que tanto adoro.
Não sei se estás a tragar agora este meu alvoroço por te homenagear, hoje a ti ó, 2.
Sabes o que penso, talvez nem seja bem pensar mas sim, a grande esperança que se debruça a mim. Acho que este novo ano, com tantos 2’s a rondarem-me irão-me proteger e abrir novos caminhos e lutas.
Que dizes 2?
Olha só o tamanho desta carta, era simplesmente para te homenagear e onde isto foi parar.
Bem, que sejas uma constante em minha vida porque desde que conheci os números tu sempre fostes o meu número predilecto, 2.
Como uma mania sempre me despeço com beijos, e não vou agora mudar só porque é a ti a carta dirigida, 2.

Por isso muitas beijocas doces daqui desta amiguita
Cinita.


PS. Uma última recordação, abandonei meu país, Portugal, quando tinha 2 anos, e fiz minha filhota abandoná-lo com os mesmos 2’s.

Esperança

É o grito da noite o mais poderoso!
No silêncio...
No escuro...
No qual vejo minha vida escapar.

Sou um grão de areia apertada numa mão
Quero-me soltar, desta escravidão
Voar, nadar na imensidão do que realmente é viver.
Condenada ao nascer,
Sinto-me partir... Desvanecer...
Tudo é uma escuridão...
Mas...
Algo aqui dentro de meu coração...
Talvez... Sentimentos se chamem?
Fé, esperança...!!!
Existe neste momento Homens e Mulheres de bem
Que tentam soprar com todo seu fôlego as areias
Libertar...Salvar... Minha pobre alma e o que me resta de amor.

Elif, mulher de outro lugar
Corajosa, guerreira, uma Deusa piedosa.
Que me tenta salvar deste estandarte que não é lugar.
Será ela e outros minha, nossa, salvação?
As batidas do meu coração cantam diferente
É alimento alheio ao meu corpo
Um bálsamo de esperança.
Será que irei conhecer a cor da liberdade?
Será que saberei algum dia o que é viver,
Sobre a influência do amor e a liberdade?
Viver!
Respirar!
Amar!
Guardo agora um tesouro sagrado, uma nova Esperança.