Monday, August 3, 2009

DOCE UTOPIA DO VERSEJAR ( Dueto) Alcina/Ibernise

Escuta, observa, sente, na distância, que lindo está o horizonte!
Ouves o chilrear dos pássaros?
Eu penso que serão...
Poetas a cantarolar, mística poesia, para animar nosso lugar.

Vês aquelas borboletas livres a esvoaçar?
Eu julgo que são...
Disfarçados anjos em diversos mantos,
Diversificando suas vestimentas, mas que tudo é um só.

Sentes o perfume do vale vermelho?
Eu sinto...
Papoilas a dançar misticamente,
Largando sem pudor sua modesta fragrância.

Observa agora o azul do céu e do mar,
Distingues o princípio e o fim de um e de outro?
Eu vejo...
Um só, unificado significando ribalta de paz.

Sabes que mais vejo neste remoto horizonte?
Sinto algo...
Um existente, sexto sentido, ouço e vejo as mil cores do teu sorriso, cascalhar...
Será tudo minha visão, uma utopia, o meu sonhar?

Utopia? O sentir do poeta com seu verbo pintar
Uma tela na composição do que pensa ser...
Do que julga que é...
Do que sente e ver...

No todo do mundo a realçar, o belo da rotina
O extraordinário que salta a sua retina
Que se coloca a mapear o seu mundo e o do outro
Num resultado que só na arte salta ao olhar...

E se sonha alto e faz a alma brilhar
Põe maior realidade nos seus versos
Onde viu e sentiu a natureza, de si, se aproximar
E viveu aquele encontro indefinido entre o céu e o mar...

Símile do conflito da alma no dualismo a pairar
Entre tantos entes habitantes de terra, céu e mar
Anjos a cuidar de aves, flores, terra... Natureza e lugar.
Tudo num sorriso... Seria isto a utopia de cada versejar.


Alcina
USA (29.07.2009
Ibernise
Indiara (Goiás/Brasil) 31.07.2009

1 comment:

antónio paiva said...

...

gostei de vos ler juntas.

beijinhos