É Muito Injusto!
É tudo muito injusto nesta vida,
Por instantes queremos caminhar
Alcançar, tocar os sonhos,
Apanha-los como se fossem doces de algodão.
Mas já lá diz, o destino que não!
Se nos escapa os sorrisos de sol
Iluminados de puro amor
De coração prol
D’um anjo a debutar em flor
Já a lua tinha segredado
Os últimos desejos moribundos
Colado as asas ao anjo aqui na terra
Que iria brilhar sobre nós como estrela.
Será injusto ou será justiça?
Na ausência, nasceu o rio dor, saudade ondulando,
Moí num remoinho,
Um vazio... Num abismo
Onde os porquês caem uns sobe os outros.
Sem retorno... Num silêncio sem eco.
Será que algum dia a oclusão é sentida,
Da inesperada partida?
Aceitável a viagem sem regresso?
Como? Se a dor é algo invisível.
Só se sente a alma partida,
Um pedaço dela morreu quando da tua
Partida...
Que nos resta agora?
Olhar um céu e procurar tua estrela a brilhar
Encher os pulmões de ar
Para a dor tirar
Indagar na memória pelo teu sorriso
Que era todo amor, completo do verbo amar
Derramamos lágrimas de sofrimento
Rezamos na esperança de estares em paz
No paraíso onde a felicidade é tudo capaz
Conquistado por ti esse lugar secreto.
És o nosso anjo da paz!